sábado, 5 de junho de 2010

Reflexão crítica



Designação da Acção: Formação para os Novos Programas de Português do Ensino Básico

Formador: Luís Filipe Palma Redes Ramos

Formanda: Maria Filomena Ruivo Ferreira Santos

O meu primeiro contacto com o Novo Programa de Português ocorreu pouco antes do início desta Acção de Formação, no momento em que fui contactada pela Direcção da escola para nela ingressar. Foi apenas uma leitura na diagonal, mas fiquei logo com a ideia de que se tinham introduzido algumas alterações importantes para a prática pedagógica. Este novo Programa do Português favorece, assim, uma aprendizagem baseada no princípio da progressão, apresenta-nos uma articulação vertical entre os três ciclos, define os resultados esperados nas diferentes competências por ciclo, valoriza a oralidade, integra a nova terminologia linguística (TLEBS), reforça a exigência do domínio do conhecimento explícito da língua, valoriza as TIC como ferramenta de aprendizagem…

No decorrer da acção, depois de uma leitura atenta do Programa e posterior análise, de vários trabalhos individuais e de pares, propostos pelo formador, reconheci as grandes potencialidades deste projecto na formação global do aluno, porque a língua é um instrumento fundamental de acesso a todos os saberes e sem o seu domínio os outros conhecimentos não serão adequadamente conseguidos. Assim, é importante que os alunos, independentemente da sua origem, dominem o português, também enquanto língua de escolarização. Valoriza-se também a transversalidade da língua portuguesa, a operacionalizar na área curricular disciplinar do mesmo nome e nas restantes áreas curriculares disciplinares e não disciplinares. O conhecimento explícito da língua, domínio reflectido e sistematizado das unidades, regras e processos gramaticais da língua é, neste programa, valorizado. Esta competência implica o desenvolvimento de processos metacognitivos, quase sempre dependentes da instrução formal, e permite aos falantes o controlo das regras que usam e a selecção das estratégias mais adequadas à compreensão e expressão em cada situação de comunicação. A sua abordagem em associação com o tratamento de diversos tipos e géneros de textos, em compreensão e produção, evita a tentação de cair numa visão não normativa deste domínio da língua portuguesa.

Esta Acção de Formação com 50 horas presenciais e 70 horas na plataforma Moodle, a decorrer durante o ano lectivo, pareceu-me, no início, ambiciosa e pouco profícua, dada a extensão do Novo Programa e as novidades nele implementadas e a sobrecarga de trabalho na escola (leccionação de aulas, direcção de turma, aulas de apoio, projectos na Biblioteca e no Clube do Património, reuniões, actividades diversas…). Valeu a metodologia adoptada pelo formador, sempre disponível e cooperante, que soube conduzir de modo facilitador os trabalhos, facultando a aprendizagem dos conteúdos propostos de forma interessante e desafiadora. Com os vários trabalhos de grupo, os formandos puderam trocar experiências, reflectir, partilhar e discutir as diversas actividades propostas.

Não posso terminar esta reflexão sem referir que senti alguma falta de disponibilidade temporal para participar no fórum e para discutir/comentar as actividades dos outros formandos tanto quanto desejaria.

E, como nota final, acrescento que é com entusiasmo que encaro a possibilidade de implementar em contexto de sala de aula, novas actividades de acordo com o Novo Programa de Português, pois só com a prática efectiva no “terreno” é que podemos, verdadeiramente, verificar a validade deste novo instrumento de trabalho.





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